Uma moça de cabelo curtinho me convidou para um drink.
Além do cabelo e dos brincos pontudos, grossos e retorcidos que atravessam seu lóbulo, outro detalhe se destaca: o sorriso que acompanha o convite, tornando-o irrecusável.
Chego ao balcão ansioso, sem saber o que pedir ao barman, que limpando um copo com seu pano de prato, logo cobra:
- Só vendo drinks amigo, e não me venha pedir nada cor-de-rosa. Têm de todas as cores, tamanhos, perfumes e teores alcoólicos. Opção é que não falta.
Peço o cardápio. Como uma carta de “I love you” de uma tiete para seu boybander predileto, um gigantesco pergaminho se desenrola até o chão. Drinks, milhares de drinks, de todos os tipos e sabores.
Alcanço um copo vazio, com a certeza de que nele muita coisa será virada, com sal, limão e careta depois do shot.
Um copo até boca de ar e expectativas. Perfeito. O suficiente para erguê-lo e responder o sorridente convite, com um brinde.
Um comentário:
Ahh, fubim.
Agora que nunca mais peguei um Senhor Laranja, é ótemo poder ler-te em digital.
Mandou bem, rapá. Exceto pela transgressão do código "Nunca brinde de copo vazio", expresso em etiquetas de reveillon:
http://www.ilhado.com.br/index.php?id_editoria=22&id=2302
Fica a dica (para saber mais sobre esta expressão, cf. Carolina Serra).
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